Em Sagres, as arribas litorais constituem habitats únicos devido à constante exposição aos ventos marítimos e à salsugem e areias por eles transportados. Encontramos matos baixos com plantas rasteiras, algumas delas “árvores” que aqui nunca o chegam a ser.

É o caso do Zambujeiro ou Oliveira Brava, árvore que aqui encontramos em forma de arbusto. As comunidades vegetais estão condicionadas pela natureza geológica do terreno, pela orientação da costa e sua exposição aos diversos factores naturais.

Na costa sul e na parte meridional da costa oeste encontramos espécies mediterrânicas uma vez que é este clima também tão único que aqui encontramos (presente em apenas 2% da superficíe terrestre). Por isto tudo, são bastantes os endemismos que encontramos em Sagres (e em todo este parque natural) uma vez que muitas espécies desenvolveram aqui caracteristicas únicas.

Nas falésias marítimas mais escarpadas, onde a cobertura do solo é muito baixa e as fendas se transformam em «vasos com terra», encontramos várias comunidades de Limónios (1) e Armérias (2). Os matos baixos, com distribuição muito localizada, são dominados pela Esteva de Sagres (cistus palhinha - 3) e pelo Tojo do Sul (Genista Hirsuta Algarbiensis - 4).

Já nos calcários do Promontório Vicentino encontramos várias espécies endémicas como o Tojo de Sagres (Ulex Erinaceus - 5), o Pólio de Sagres (Teucrium Vicentinum - 6) e a Biscutela do Algarve (Biscutella Vicentina - 7). A espécie predominante é a Alquitira do Algarve (Astragalus Massiliensis - 8).

Os matagais, aqui característicos, são dominados pelo Zimbro (Juniperus Turbinata - 9).

Muito comuns aqui são também outras espécies caracteristicas do Barrocal tal como o Zambujeiro ou Oliveira Brava (Olea Europaea sylvestris - 10), a Palmeira Anã (Chamaerops humilis - 11) ou a Aroeira (Pistacia Lentiscus - 12).

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